domingo, dezembro 16, 2012

Texto sobre o Atlético-MG me lembrou 2005...

Lendo esta matéria sobre o Atlético-MG, minha memória lembrou imediatamente de um texto, do grande Nico Noronha, sobre o momento vivido pelos Colorados em 2005. O texto, de abril, mostrava que havia um sentimento de profunda ansiedade que estava se transformando em uma força motora.

Naquele ano, decisões estapafúrdias dentro e fora dos gramados tiraram um título brasileiro do melhor clube da temporada. Mas no ano seguinte, ainda embalados pelo tsunami, a glória máxima ocorreu no Morumbi, Beira-Rio, estádio Nacional de Tóquio e Yokohama International Stadium.

Vejam e comparem

O texto sobre o Atlético-MG:

Vice-campeonato resgata orgulho de torcer pelo Atlético-MG e coloca alvinegro 'na boca do povo'

http://esporte.uol.com.br/futebol/ultimas-noticias/2012/12/07/vice-campeonato-resgata-orgulho-de-torcer-pelo-atletico-mg-e-coloca-alvinegro-na-boca-do-povo.htm



O texto sobre o Internacional:


-----Mensagem original-----
De: Alexandre Perin [mailto:perin79@terra.com.br] 
Enviada em: sexta-feira, 15 de abril de 2005 17:56
Para: mundodabola@yahoogrupos.com.br
Assunto: A onda vermelha quer virar Tsunami

Pele. Net, recomendo que todos leiam, muito legal mesmo, até me animou mais que eu já estava...


"A onda vermelha quer virar Tsunami

Nico Noronha

Uma onda vermelha se agita no Paralelo 30 do globo terrestre, abaixo da linha do Equador. Ela aumenta a cada dia. Quer crescer a ponto de virar Tsunami, tendo como epicentro o Guaíba, um lago megalomaníaco que insiste em se autodenominar rio, até porque tem, à sua margem, um enorme estádio de futebol que é chamado por todos de "Beira-Rio".

A onda tem nome, Sport Club Internacional, e seus movimentos convulsivos começaram no ano passado. A princípio discretos, mas que vêm num crescendo constante que faz sua torcida sonhar com o surgimento, exatos 30 anos depois, de um time de futebol que consiga o mesmo sucesso daquele que fez, em 1975, pela primeira vez na história, um clube gaúcho conquistar o Brasil.

Aquele era um verdadeiro Tsunami. Passava por cima de todos sem dó nem piedade. Foi bicampeão consecutivo e há uma crença quase generalizada de que foi a melhor equipe do país naquela década. Os deuses da aldeia vermelha, à época, eram muitos, e podem ser citados como mais idolatrados o zagueiro Elias Figueroa, o volante Paulo Roberto Falcão, o meia Paulo César Carpeggiani, e dois ponteiros inesquecíveis: Valdomiro Vaz Franco e, o Luís Roberto Pinto, o Lula.

O grupo de hoje ainda está longe de chegar ao nível daquele, mas a torcida anda pra lá de confiante de que três décadas depois tudo pode se repetir. A maior prova disso foi dada no ano passado, durante a Copa Sul-Americana, quando 5.000 colorados tomaram o rumo do Estádio da Bombonera e surpreenderam os argentinos, que confessaram nunca terem presenciado invasão igual.

O Inter acabou caindo diante do Boca Juniors, naquela semifinal, mas para os torcedores já foi um indício de que a onda vermelha começava a crescer. Até porque o time evoluiu na reta final do Brasileirão e garantiu uma vaga na edição 2005 da mesma Copa.

De lá para cá o entusiasmo só vem aumentando. No último domingo, 43 mil vermelhinhos se dirigiram ao Beira-Rio, mesmo que o adversário na final do Campeonato Gaúcho seja o 15 de Novembro de Campo Bom, cuja torcida cabe dentro de uma modesta Kombi.

Colorados vieram de todas as partes prestigiar o time que, acreditam, será uma sensação no Campeonato Brasileiro deste ano. Fábio Gomes, 28 anos, um colorado da cidade de Santiago do Boqueirão, distante 500km de Porto Alegre, fez a desgastante viagem feliz da vida e, após a vitória por 2x0, retornou para casa mais confiante do que nunca. Um lance cômico na sua rápida estada na capital gaúcha: ao se dirigir para o estádio, viu em uma esquina, com destaque, estampada uma enorme foto do jornal Zero Hora, que mostrava uma dezena de personagens vestindo vermelho, o que chegou a emocioná-lo.
Adquiriu um exemplar e só mais tarde, já acomodado nas arquibancadas, constatou que na verdade a imagem mostrava um grupo de bispos, com suas túnicas avermelhadas, ingressando no Vaticano para os funerais do Papa.

Fábio virou chacota entre os amigos, naquela tarde, mas nada que tenha abalado sua crença em Tinga, Fernandão, Jorge Wagner, Gavilán, Diego e Rafael Sobis, alguns dos nomes de um grupo que está fazendo o povo que torce pelo Internacional acreditar que o gigante, adormecido há tanto tempo, esteja mesmo despertando.

Neste domingo (17/4), o Colorado pode chegar ao tetracampeonato gaúcho, conquista que só fará aumentar o otimismo que já é tão grande. Mas, por cautela, não custa lembrar que às vezes há o tremor, os ponteiros daquelas maquininhas da escala Richter sobem uns seis ou sete degraus, pessoas se alvoroçam, mas a onda dá em nada.

Mas que a apaixonada torcida merece ver seu time se tornar um avassalador Tsunami, ah... merece mesmo.

Do Pele.Net
Alexandre Perin
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quinta-feira, agosto 25, 2011

INTERNACIONAL - BICAMPEÃO DA RECOPA!

Torcedor Colorado!

SOMOS BICAMPEÕES DA RECOPA SUL-AMERICANA!

Parabéns por mais esta conquista! O Sport Club Internacional segue sua senda de vitórias, contando com a insuperável parceria time-torcedor. Nem o tarimbado Independiente seria páreo para o talento de Leandro Damião e o grito ensandecido de 40 mil colorados dentro do Gigante da Beira-Rio!

A força do torcedor, nos instantes de aflição aos momentos de glória, empurraram o time nos 90 minutos da decisão desta quarta-feira em Porto Alegre. Agora temos nosso sétimo título internacional em seis temporadas. Contando todas as competições são 15 títulos em 10 temporadas!

O verdadeiro “Rei das Copas” deste milênio: Sport Club Internacional

Parabéns Colorados!

  • 2006 - Campeão da Taça Libertadores da América
  • 2006 - Campeão do Mundo FIFA
  • 2007 – Campeão da Recopa Sul-Americana
  • 2008 – Campeão da Copa Sul-Americana
  • 2009 – Campeão da Suruga Cup
  • 2010 – Bicampeão da Taça Libertadores da América
  • 2011 – Bicampeão da Recopa Sul-Americana

terça-feira, outubro 19, 2010

O dia que interditei o Olímpico sem intenção alguma

Depois de muitos anos sem escrever aqui, detalhes de uma história antiga... Quem me conhece bem sabe que jamais fiz qualquer ato de violência dentro ou fora dos estádios.

A única vez que me envolvi em uma briga foi em legítima defesa na final do estadual de Futsal em 1995 na cidade de Carlos Barbosa, contra a covardia de uma torcida que era 5x1 de nós. Por 7 anos em uma torcida organizada sequer fui 'emparedado' pela polícia, e olha que viajei para mais de 30 partidas fora do RS.

Porém irei contar a história do dia em que eu (e mais alguns amigos) interditamos o estádio Olímpico.

Incidentes já tinham ocorrido no Grêmio x Flu no meio daquela semana, acho inclusive que o Renato era o treinador do Fluminense.



Dia 23 de outubro de 2004, Campeonato Brasileiro 2º turno -> Grêmio x Internacional (curiosamente 6 anos e 1 dia antes do Gre-Nal deste domingo).


Era uma vez uma faixa chamada "Força Inter". O ano? 2004
Estávamos na superior do Olímpico no Gre-Nal do 3x1 em 2004, do 2º turno do Brasileirão. A faixa no anexo, nossa xodó da época, foi colocada em cima das propagandas do 2º andar.

Uns 10 minutos antes do jogo, um segurança pediu para que tirássemos a faixa, dissemos que não.
Logo depois, ele voltou com um Brigadiano. Este mandou tirar, e aí eu argumentei: “E aquelas faixas em cima da Alma Castelhana?”

Um amigo meu disse: “Nós tiramos, mas eles precisam tirar também. Direitos iguais”
O segurança disse: “OK, tirem as faixas em cima da Alma”. Isto foi o prenúncio do caos.
Ao tentar tirar as faixas, outro segurança foi agredido pela Alma Castelhana.
Um BM foi ajudar e, ao recuar, quebrou o tornozelo pisando em falso.
O BOE foi para lá e virou um caos.

Pancadaria generalizada, Carrinho de Pipoca voando no fosso, banheiros destruídos, arquibancada virando armas. Os primeiros 10 minutos do jogo ficaram marcados pela confusão e briga generalizada.

E nós, de certa maneira até apreensivos, só olhávamos. Foi absolutamente sem intenção.
Depois disto, o Grêmio foi a julgamento pelos incidentes do jogo contra o Flu e contra o Inter. Foi punido com inúmeros mandos de campo e teve de jogar no Bento Freitas.
Deu confusão de novo (ou seja, não era exceção e sim regra naqueles tempos) na partida contra o Palmeiras e os últimos dois jogos foram disputados em Erechim.
E mais dois com portões fechados no Beira-Rio na Série B 2005.
Porém, pensando depois, que culpa eu tenho por ter marginais em parte da torcida do Grêmio?
Nenhuma, é claro.
Também poderíamos prever que uma simples exigência de igualdade de tratamento geraria o caos?
É evidente que não.
Mas...
Querendo ou não.
Com ou sem intenção.
O fato é interditamos o Olímpico.




segunda-feira, setembro 10, 2007

Olá

O Blog está no ar... "Almanaque Esportivo"

O link oficial é: www.clicrbs.com.br/almanaqueesportivo

domingo, julho 01, 2007

Este aí tá com crédito com o tiozinho lá de cima

Esta primeira volta catastrófica aconteceu na primeira corrida da GP2 ontem em Magny-Cóurs. Depois da barbeiragem na largada entre Timo Glock e Andreas Zuber, o piloto venezuelano Ernesto Viso decolou na traseira do alemão Michael Ammermuller e o resultado foi este:



Lembrou muito a tragédia de 1995, quando o garoto paranaense Marco Campos, na última volta da última corrida da então F-3000 (a antecessora da GP2), decolou na traseira de Thomas Biaggi disputando a inócua 9º colocação. O piloto bateu a cabeça na parte de dentro do muro e morreu algumas horas depois. Foi o último acidente fatal envolvendo um piloto brasileiro no Exterior:

segunda-feira, junho 11, 2007

... então uma era se acabou em 1994...

Esta era chegou ao final em 1994... Mudanças no regulamento causavam instabilidades nos carros. A então confiável e imbatível Williams sofria de equilíbrio sem a suspensão ativa e o controle de tração. As equipes menores tinham carros instáveis e os problemas começaram a surgir.

Cronologia:

1º) Treinos de pré-temporada: o finlandês Jyrik Järviletho, da Bennetton, sofre sério acidente e fica com sequelas na coluna. Correria meia dúzia de provas alternadas e seria substituído pelo estreante Jos Verstappen. Informações não-confirmadas apontam para quebra na barra de direção da Benetton.

2º) GP do Brasil: acidente envolvendo 4 pilotos: Irvine, Verstappen, Comas e Brundle. Neste caso, a culpa foi do piloto norte-irlandês, suspenso por 2 corridas.

3º) O fatídico domingo de Ímola:

a) Na sexta-feira, Rubens Barrichello sofre sério acidente e escapa da morte.

b) No sábado, a asa dianteira do Simtek do austríaco Roland Ratzenberger se solta e ele bate a 300km/h, quebrando o pescoço e morrendo instantaneamente (a despeito do absurdo da FIA afirmar que ele morreu no hospital, sendo o 1º ser humano da história da humanidade a morrer de quebra do pescoço 40 minutos depois do incidente).

c) Na largada, Letho deixa o motor morrer e Lamy bate violentamente. Destroços do carro acertam 4 espectadores, que são igualmente conduzidos ao hospital Maggiore em Bolonha. Letho sente de novo a lesão antiga e nunca mais consegue correr um F-1 competitivamente.

d) Ayrton Senna da Silva morre após quebra da barra de direção de sua Williams na curva Tamburello, liderando o GP em sua 8º volta.

e) Durante a corrida, o piloto italiano Michele Alboreto perde uma roda da Minardi na saída dos boxes, acertando um mecânico e fechando o pior final de semana de todos os tempos.


4º) Em Monaco, o austríaco Karl Wendlinger perde o controle da Sauber na saída do Túnel e bate violentamente, ficando duas semanas em coma.

5º) Em Barcelona, o italiano Andrea Montermini (que havia substituído o finado Razemberger) bate forte na entrada da reta, quebrando o pé.

6º)Em treino fechado em Silverstone o português Pedro Lamy perde o controle do carro e sofre sério acidente. Quebra as duas pernas.

7º) Em Hockenheim, primeiro Mika Hakkinen faz uma barbeiragem e tira 11 carros da prova. Depois, Jos Verstappen vê seu Bennetton pegar fogo em uma famosa cena de pânico nos boxes.

8º) Em Suzuka, em um dilúvio, a Mclaren de Brundle bate violentamente, ferindo um fiscal de pista com gravidade. Segue o circo.

9º) Fechando um ano 'fantástico', de erros da FIA em punições absurdas de Schumacher, de falcatruas da Bennetton (controle de tração disfarçado, sem filtro na bomba de combustível para acelerar reabastecimentos), o GP da Austrália que Schumacher bateu sozinho e na volta à pista tirou Damon Hill da prova, conquistando vergonhosamente o título mundial.

Essa foi a temporada de 1994. Talvez por causa dela e de suas consequências, Robert Kubica possa estar livre para continuar respirando após o acidente em Montreal.

Mas o preço a pagar foi alto demais. Especialmente para Senna e Ratzenberger.

Era uma vez uma F-1 antiga

O impressionante acidente de Robert Kubica relembrou os tempos das batidas espetaculares na Fórmula 1. Os tempos que todos acreditavam que os pilotos eram imortais, que os carros jamais se desmanchariam, que barras de direção não quebrariam ou nossos ídolos morreriam. Eu e milhões de brasileiros se acostumaram a acidentes tão ou mais impressionantes que o deste domingo com o jovem e promissor polonês, e nada acontecia.

Acidentes como este, causado por uma barbeiragem do norte-irlandês Eddie Irvine em Interlagos, 1994 (Martin Brundle, Jos Verstappen e Erik Comas foram os outros envolvidos), o incêndio de Gerhard Berger na fatídica Tamburello em 1989, ou a espetacular capotagem de Phillipe Alliot no México em 1986, nos faziam crer em heróis de aço, que jamais cederiam a não ser em arranhões ou leves queimaduras.

Irvine, Brundle, Verstappen e Comas, 1994, Interlagos:






Berger, 1989, Ímola:





Alliot, 1986, México (o mais incrível é que a Larrousse recuperou o carro em 2 dias e ele chegou em SEXTO na prova!):

sábado, junho 09, 2007

GP do Canadá traz lembranças felizes para o Brasil

Nigel Mansell

Neste final de semana, teremos o GP do Canadá de F-1. Nestes tempos de Felipe Massa disputando o título, algo que não víamos um brasileiro disputar desde 1994, nada melhor que recordar um momento histórico da F-1.

Em 1991, Nigel Mansell vencia o GP com larga vantagem sobre o segundo colocado Nélson Piquet, então com a Benetton, enquanto Senna havia abandonado com sua McLaren. Na última volta, Mansell começa a acenar para os torcedores na linda olha de NotreDame, quando isto aconteceu:




A explicação oficial da Williams é que acabou a gasolina. Mas extra-oficialmente, Mansell bateu com o cotovelo na ignição ao levantar o braço, desligando o motor Renault. E assim jogou fora pontos preciosos que fariam diferença no final da temporada. Senna aproveitou erro de Mansell em Suzuka e se sagrou tricampeão, o último título brasileiro na Fórmula-1.

Era também a sétima vitória consecutiva do Brasil, pois Piquet havia vencido as últimas duas corridas do ano anterior e Senna vencido as primeiras quatro provas do ano.

Pênalti a 'la Djalminha'? Ou pênalti a "la Panenka?"

Vocês lembram de Zidane batendo pênalti com estilo na final da última Copa do Mundo? A maioria dos brasileiros disse sobre o lance: "Bateu a "la Djalminha", quando o cobrador só dá uma 'cavadinha' na hora de bater e desloca o goleiro.

Porém poucos aqui no Brasil sabem que o verdadeiro inventor do lance foi o tcheco Antonin Panenka na final da Eurocopa de 1976, na Iugoslávia. Na cobrança decisiva da disputa entre Alemanha Ocidental e Tchecoeslováquia em Belgrado, Panenka bateu deste mesmo jeito e garantiu o campeonato europeu para os tchecos por 5x3. Antes, o craque alemão Uli Hoeness havia perdido uma das cobranças, após o jogo terminar em 2x2 em uma reação heróica dos alemães, que perdiam por 2x0 e empataram no penúltimo minuto de jogo.

Veja a cobrança de Zidane no último Mundial:



Agora olhem Panenka decidindo o título da Eurocopa:

Post servirá de projeto piloto

Aos poucos, vou começar a usar este Blog como projeto piloto... Postarei algo sobre esportes por aqui...