Lendo esta matéria sobre o Atlético-MG, minha memória lembrou imediatamente de um texto, do grande Nico Noronha, sobre o momento vivido pelos Colorados em 2005. O texto, de abril, mostrava que havia um sentimento de profunda ansiedade que estava se transformando em uma força motora.
Naquele ano, decisões estapafúrdias dentro e fora dos gramados tiraram um título brasileiro do melhor clube da temporada. Mas no ano seguinte, ainda embalados pelo tsunami, a glória máxima ocorreu no Morumbi, Beira-Rio, estádio Nacional de Tóquio e Yokohama International Stadium.
Vejam e comparem
O texto sobre o Atlético-MG:
Vice-campeonato resgata orgulho de torcer pelo Atlético-MG e coloca alvinegro 'na boca do povo'
http://esporte.uol.com.br/futebol/ultimas-noticias/2012/12/07/vice-campeonato-resgata-orgulho-de-torcer-pelo-atletico-mg-e-coloca-alvinegro-na-boca-do-povo.htm
O texto sobre o Internacional:
-----Mensagem original-----
De: Alexandre Perin [mailto:perin79@terra.com.br]
Enviada em: sexta-feira, 15 de abril de 2005 17:56
Para: mundodabola@yahoogrupos.com.br
Assunto: A onda vermelha quer virar Tsunami
Pele. Net, recomendo que todos leiam, muito legal mesmo, até me animou mais que eu já estava...
"A onda vermelha quer virar Tsunami
Nico Noronha
Uma onda vermelha se agita no Paralelo 30 do globo terrestre, abaixo da linha do Equador. Ela aumenta a cada dia. Quer crescer a ponto de virar Tsunami, tendo como epicentro o Guaíba, um lago megalomaníaco que insiste em se autodenominar rio, até porque tem, à sua margem, um enorme estádio de futebol que é chamado por todos de "Beira-Rio".
A onda tem nome, Sport Club Internacional, e seus movimentos convulsivos começaram no ano passado. A princípio discretos, mas que vêm num crescendo constante que faz sua torcida sonhar com o surgimento, exatos 30 anos depois, de um time de futebol que consiga o mesmo sucesso daquele que fez, em 1975, pela primeira vez na história, um clube gaúcho conquistar o Brasil.
Aquele era um verdadeiro Tsunami. Passava por cima de todos sem dó nem piedade. Foi bicampeão consecutivo e há uma crença quase generalizada de que foi a melhor equipe do país naquela década. Os deuses da aldeia vermelha, à época, eram muitos, e podem ser citados como mais idolatrados o zagueiro Elias Figueroa, o volante Paulo Roberto Falcão, o meia Paulo César Carpeggiani, e dois ponteiros inesquecíveis: Valdomiro Vaz Franco e, o Luís Roberto Pinto, o Lula.
O grupo de hoje ainda está longe de chegar ao nível daquele, mas a torcida anda pra lá de confiante de que três décadas depois tudo pode se repetir. A maior prova disso foi dada no ano passado, durante a Copa Sul-Americana, quando 5.000 colorados tomaram o rumo do Estádio da Bombonera e surpreenderam os argentinos, que confessaram nunca terem presenciado invasão igual.
O Inter acabou caindo diante do Boca Juniors, naquela semifinal, mas para os torcedores já foi um indício de que a onda vermelha começava a crescer. Até porque o time evoluiu na reta final do Brasileirão e garantiu uma vaga na edição 2005 da mesma Copa.
De lá para cá o entusiasmo só vem aumentando. No último domingo, 43 mil vermelhinhos se dirigiram ao Beira-Rio, mesmo que o adversário na final do Campeonato Gaúcho seja o 15 de Novembro de Campo Bom, cuja torcida cabe dentro de uma modesta Kombi.
Colorados vieram de todas as partes prestigiar o time que, acreditam, será uma sensação no Campeonato Brasileiro deste ano. Fábio Gomes, 28 anos, um colorado da cidade de Santiago do Boqueirão, distante 500km de Porto Alegre, fez a desgastante viagem feliz da vida e, após a vitória por 2x0, retornou para casa mais confiante do que nunca. Um lance cômico na sua rápida estada na capital gaúcha: ao se dirigir para o estádio, viu em uma esquina, com destaque, estampada uma enorme foto do jornal Zero Hora, que mostrava uma dezena de personagens vestindo vermelho, o que chegou a emocioná-lo.
Adquiriu um exemplar e só mais tarde, já acomodado nas arquibancadas, constatou que na verdade a imagem mostrava um grupo de bispos, com suas túnicas avermelhadas, ingressando no Vaticano para os funerais do Papa.
Fábio virou chacota entre os amigos, naquela tarde, mas nada que tenha abalado sua crença em Tinga, Fernandão, Jorge Wagner, Gavilán, Diego e Rafael Sobis, alguns dos nomes de um grupo que está fazendo o povo que torce pelo Internacional acreditar que o gigante, adormecido há tanto tempo, esteja mesmo despertando.
Neste domingo (17/4), o Colorado pode chegar ao tetracampeonato gaúcho, conquista que só fará aumentar o otimismo que já é tão grande. Mas, por cautela, não custa lembrar que às vezes há o tremor, os ponteiros daquelas maquininhas da escala Richter sobem uns seis ou sete degraus, pessoas se alvoroçam, mas a onda dá em nada.
Mas que a apaixonada torcida merece ver seu time se tornar um avassalador Tsunami, ah... merece mesmo.
Do Pele.Net
Alexandre Perin
*************************
Site Oficial do Internacional
http://www.internacional.com.br
+55 (51) 3230-4532
Naquele ano, decisões estapafúrdias dentro e fora dos gramados tiraram um título brasileiro do melhor clube da temporada. Mas no ano seguinte, ainda embalados pelo tsunami, a glória máxima ocorreu no Morumbi, Beira-Rio, estádio Nacional de Tóquio e Yokohama International Stadium.
Vejam e comparem
O texto sobre o Atlético-MG:
Vice-campeonato resgata orgulho de torcer pelo Atlético-MG e coloca alvinegro 'na boca do povo'
http://esporte.uol.com.br/futebol/ultimas-noticias/2012/12/07/vice-campeonato-resgata-orgulho-de-torcer-pelo-atletico-mg-e-coloca-alvinegro-na-boca-do-povo.htm
O texto sobre o Internacional:
-----Mensagem original-----
De: Alexandre Perin [mailto:perin79@terra.com.br]
Enviada em: sexta-feira, 15 de abril de 2005 17:56
Para: mundodabola@yahoogrupos.com.br
Assunto: A onda vermelha quer virar Tsunami
Pele. Net, recomendo que todos leiam, muito legal mesmo, até me animou mais que eu já estava...
"A onda vermelha quer virar Tsunami
Nico Noronha
Uma onda vermelha se agita no Paralelo 30 do globo terrestre, abaixo da linha do Equador. Ela aumenta a cada dia. Quer crescer a ponto de virar Tsunami, tendo como epicentro o Guaíba, um lago megalomaníaco que insiste em se autodenominar rio, até porque tem, à sua margem, um enorme estádio de futebol que é chamado por todos de "Beira-Rio".
A onda tem nome, Sport Club Internacional, e seus movimentos convulsivos começaram no ano passado. A princípio discretos, mas que vêm num crescendo constante que faz sua torcida sonhar com o surgimento, exatos 30 anos depois, de um time de futebol que consiga o mesmo sucesso daquele que fez, em 1975, pela primeira vez na história, um clube gaúcho conquistar o Brasil.
Aquele era um verdadeiro Tsunami. Passava por cima de todos sem dó nem piedade. Foi bicampeão consecutivo e há uma crença quase generalizada de que foi a melhor equipe do país naquela década. Os deuses da aldeia vermelha, à época, eram muitos, e podem ser citados como mais idolatrados o zagueiro Elias Figueroa, o volante Paulo Roberto Falcão, o meia Paulo César Carpeggiani, e dois ponteiros inesquecíveis: Valdomiro Vaz Franco e, o Luís Roberto Pinto, o Lula.
O grupo de hoje ainda está longe de chegar ao nível daquele, mas a torcida anda pra lá de confiante de que três décadas depois tudo pode se repetir. A maior prova disso foi dada no ano passado, durante a Copa Sul-Americana, quando 5.000 colorados tomaram o rumo do Estádio da Bombonera e surpreenderam os argentinos, que confessaram nunca terem presenciado invasão igual.
O Inter acabou caindo diante do Boca Juniors, naquela semifinal, mas para os torcedores já foi um indício de que a onda vermelha começava a crescer. Até porque o time evoluiu na reta final do Brasileirão e garantiu uma vaga na edição 2005 da mesma Copa.
De lá para cá o entusiasmo só vem aumentando. No último domingo, 43 mil vermelhinhos se dirigiram ao Beira-Rio, mesmo que o adversário na final do Campeonato Gaúcho seja o 15 de Novembro de Campo Bom, cuja torcida cabe dentro de uma modesta Kombi.
Colorados vieram de todas as partes prestigiar o time que, acreditam, será uma sensação no Campeonato Brasileiro deste ano. Fábio Gomes, 28 anos, um colorado da cidade de Santiago do Boqueirão, distante 500km de Porto Alegre, fez a desgastante viagem feliz da vida e, após a vitória por 2x0, retornou para casa mais confiante do que nunca. Um lance cômico na sua rápida estada na capital gaúcha: ao se dirigir para o estádio, viu em uma esquina, com destaque, estampada uma enorme foto do jornal Zero Hora, que mostrava uma dezena de personagens vestindo vermelho, o que chegou a emocioná-lo.
Adquiriu um exemplar e só mais tarde, já acomodado nas arquibancadas, constatou que na verdade a imagem mostrava um grupo de bispos, com suas túnicas avermelhadas, ingressando no Vaticano para os funerais do Papa.
Fábio virou chacota entre os amigos, naquela tarde, mas nada que tenha abalado sua crença em Tinga, Fernandão, Jorge Wagner, Gavilán, Diego e Rafael Sobis, alguns dos nomes de um grupo que está fazendo o povo que torce pelo Internacional acreditar que o gigante, adormecido há tanto tempo, esteja mesmo despertando.
Neste domingo (17/4), o Colorado pode chegar ao tetracampeonato gaúcho, conquista que só fará aumentar o otimismo que já é tão grande. Mas, por cautela, não custa lembrar que às vezes há o tremor, os ponteiros daquelas maquininhas da escala Richter sobem uns seis ou sete degraus, pessoas se alvoroçam, mas a onda dá em nada.
Mas que a apaixonada torcida merece ver seu time se tornar um avassalador Tsunami, ah... merece mesmo.
Do Pele.Net
Alexandre Perin
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